Nutricionista Beatriz Botéquio falou dos efeitos desse hábito para o corpo.
Consultor Alfredo Halpern comentou a cirurgia da série Pensando Leve.
A maioria das pessoas não consegue comer sem beber algo ao mesmo tempo, mas desconhece o que esse hábito pode causar. O Bem Estar desta quarta-feira (6) mostrou que o excesso de líquidos durante as refeições pode atrapalhar a mastigação e atrasar a digestão.
Quem esteve presente no programa para aprofundar o assunto foram o endocrinologista e consultor Alfredo Halpern e a nutricionista Beatriz Botéquio, que falaram sobre as consequências para o corpo dessa atitude diária.
Halpern recomendou consumir cerca de 500 ml de água até 2 horas antes das refeições. De acordo com ele, essa atitude pode até ajudar a emagrecer. Já durante o almoço ou o jantar, é indicado no máximo um copo de líquido daqueles de requeijão, entre 150 e 200 ml.
Nas ruas, a repórter Marina Araújo foi conferir o que os brasileiros pedem para acompanhar a comida na hora do almoço.
Suco, água, refrigerante? O terceiro é o mais calórico e também o mais requisitado. Alguns justificam que a bebida ajuda a “empurrar” a comida para o estômago.
Era o que fazia o advogado Alexandre Berthe, da série Pensando Leve, que costumava tomar dois litros de refrigerante por dia e agora acabou passando por uma cirurgia de redução de estômago para combater a obesidade.
Segundo a doutora em nutrição pela Universidade de São Paulo (USP) Marle Alvarenga, o ideal é ingerir somente um copo de líquido antes da refeição ou ao longo dela, aos pouquinhos, Depois disso, recomenda-se esperar cerca de uma hora para beber algo.
Marle explicou que um dos problemas de misturar sólidos e líquidos é quando estes se tornam um “auxiliar” da mastigação, diluindo os alimentos.
Com isso, o cérebro não reconhece que determinada quantidade entrou pela boca. As enzimas da saciedade, então, são liberadas tardiamente, depois que o individuo já comeu demais.
O tempo médio de uma digestão normal é de duas a três horas até o estômago ficar totalmente vazio. Já o processamento de alimentos pesados, como a carne, é mais lento: leva no mínimo três horas.
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